Empresas árabes destacam cada vez mais produtos portugueses

A MAAB Consulting quer ajudar as empresas têxteis e de vestuário, bem como marcas, a expandirem para os países árabes. Em entrevista ao T Jornal, Pedro Garcia, fala sobre os seus serviços de consultoria e as potencialidades do mercado.

"Capacitamos as empresas portuguesas a expandirem os seus negócios, desde a definição dos mercados-alvo e estratégia de entrada até à promoção dos esforços comerciais, acompanhamento integral do projeto e apoio logístico”, diz o diretor.

A MAAB trabalha com parceiros locais, institucionais e empresariais, que fornecem informações de mercado, listas de contactos, organizam missões comerciais e participais em feiras. Insights preciosos que o responsável exemplifica com mais detalhe.

"É importante notar que um catálogo ou portefólio bem recebido no contexto europeu ou norte-americano nem sempre vai ao encontro das preferências dos mercados árabes. O nosso departamento de marketing está preparado para fazer essas adaptações”.

"A nossa experiência indica que evitar abordagens genéricas e massificadas de comunicação agiliza o ciclo de vendas. É fundamental também que as empresas estejam preparadas para responder rapidamente, seja no agendamento de reuniões, no esclarecimento de dúvidas dos interessados ou nos prazos para envio de amostras e entregas de encomendas”, continua, dando orientações.

Pedro Garcia vê cada vez mais um reconhecimento pelo made in Portugal no sector têxtil e da moda. Em comparação com o cenário de 2021 "encontramos cada vez com mais frequência empresas árabes que destacam nos seus sites que os produtos são "made in Portugal”, garante.

O dirigente é mais ousado e diz mesmo que a indústria portuguesa está a ganhar destaque como uma alternativa ao made in Italy aos olhos das marcas árabes. "Os produtos portugueses são de altíssima qualidade e apresentam preços mais competitivos. Estamos confiantes que Portugal se tornará a escolha preferida dos grandes players do sector têxtil nos mercados árabes”. Em nota conclusiva, Pedro Garcia chama à atenção das empresas para um aumento notável nas importações de têxteis e vestuário na região do Médio Oriente e Magrebe.