15 Out 2024

Corticeira Amorim vai fundir três empresas no próximo ano

A Corticeira Amorim está a preparar a fusão de três empresas, a concretizar em 2025. Fonte da empresa de Santa Maria da Feira disse à agência Lusa que as três firmas que «desaparecerão como unidades individuais» são a Amorim Cork Flooring, com instalações em São Paio de Oleiros e Lourosa, a Amorim Cork Composites, em Mozelos, e a Amorim Cork Insulation, também nessa freguesia

A partir de janeiro do próximo ano, serão integradas «numa nova unidade de negócio designada "Amorim Cork Solutions", que irá assumir a produção de pavimentos, isolamentos e compósitos de cortiça.
A  Amorim não indicou o número de trabalhadores dispensados nessas empresas nem se os trabalhadores absorvidos pela nova unidade de negócios vão manter a antiguidade dos seus vínculos laborais, para efeitos de reforma.

O dirigente do Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte, Alírio Martins, adiantou, contudo, que na Amorim Cork Flooring foi negociada a saída amigável de 102 funcionários e que apenas «um não aceitou o a- cordo e vai disputar o despedimento em tribunal».

Na passada segunda-feira a Comissão de Trabalhadores tinha adiantado à agência noticiosa que a reestruturação da unidade de negócios de pavimento, anunciada em maio, levou à saída, por mútuo acordo, de mais de uma centena de trabalhadores, até ao momento.

Alírio Martins acrescentou que as rescisões abrangeram «todos os departamentos da empresa, desde pessoal de fábrica até administrativos», e, considerando que «algumas indemnizações são superiores a 50 mil euros», informou que a Corticeira Amorim «já gastou nisso uns quatro milhões de euros».

Nas outras duas estruturas «não houve cortes de pessoal» e, no caso da Amorim Cork Composites, «até há a previsão de se contratarem mais 40 pessoas até final do ano».

Com base nisso, o dirigente do sindicato lamentou que o grupo empresarial feirense prefira «dispensar pessoas do que qualificá-las» para outras funções. «Não se percebe como é que de um lado sobram pessoas e do outro há pessoas a menos», declarou.

A empresa assinalou que o processo de reestruturação em curso desde maio na Cork Flooring - dedicada a soluções em cortiça para o chão - «surgiu na sequência do exigente contexto económico e de intensificação da concorrência que têm impactado o mercado de pavimentos na Europa e, consequentemente, penalizado a atividade dessa unidade de negócios, que, nos últimos anos, tem apresentado um desempenho negativo».

O grupo disse acreditar na capacidade da futura "Amorim Cork Solutions" para «potenciar o crescimento sustentável da Corticeira Amorim» e defendeu que «as sinergias obtidas conduzirão a uma organização mais eficiente das operações "não rolha", o que levará, a médio prazo, a um melhor desempenho, contribuindo para a diversificação do portefólio de aplicações» da marca.

Nos primeiros seis meses de 2024, as vendas consolidadas da Corticeira Amorim totalizaram 500,7 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 7,1 por cento face ao período homólogo de 2023.

Fonte: In, Diário de Aveiro
Política de cookies

Este site utiliza cookies. Ao navegar, está a consentir o seu uso.   Saiba Mais

Compreendi